A uns bons anos atrás Super Geek Richard Garriot decidiu criar jogos baseados nos seus D&D games e depois de andar a brincar com o codigo sozinho criou Akalabeth World of Doom. Depois disso a sua carreira iria crescer até aos dias de hoje com Ultima series, grande parte dos jogos hoje em dia envelheceram muito mal mas são jogáveis se tiverem MUITA paciência e sitio onde apontar as coisas.
Bem como tinha mencionado antes vou fazer uma especie de semi-review de cada Ultima game de 1 ao 6 porque estes jogos realmente pouco têm para ser falados comparando com a sua ultima Trilogia. Quanto a ultima trilogia ( 7, 8 e 9 ) irei jogar e falar mais detalhadamente.
Ultima series é possivelmente das séries mais marcantes em PC gaming, pode estar muito esquecida hoje em dia devido a que os jogos em questão são MUITO antigos e pouca gente se lembra deles, tiveram alguns ports para consolas mas os decentes foram de Ultima III e IV para a NES, de resto houve aí alguns jogos que provocaram o cancro geral em que se tornaram basicamente a coisa mais horrível existente. E ainda se tentou criar jogos originais que são os Ultima Rune of Virtue 1 e 2 mas ya… um pior que o outro.
Mas Alas, isto nos trás aqui a conhecer cada ultima game, eu aqui vou falar mais das main series como poderei mencionar os seus spin-offs. Mas bem, sem mais introduções here we go, Ultima series review, Start!:
Ultima 0 aka Akalabeth World of Doom
Akalabeth the World of Doom é considerado por alguns fãs Ultima 0. Basicamente este é um Beta para o que ia ser o Ultima I o jogo em si é muito simples, basicamente o objectivo é que tu tens de te tornar num cavaleiro neste reino de fantasia e como fazes isso?
Bem vais tu matar vários tipos de monstros diferentes como Gremlins, Demons, Balrogs [Insert Lord of the Rings reference here] e por ai.
A cena mais engraçada disto é que ao fim do jogo quebra-se um bocado a 4th wall e pede para ligar um numero se ligar para reportares essa achieviment. Era giro que mais jogos hoje em dia fizessem isso.
E ficam ai com algum gameplay que mostra muito do inicio e como este jogo era jogado.
Ultima I – First Age of Darkness
Ultima I já era oficialmente o 1º jogo de Ultima alguma vez lançado e realmente para a altura tornou-se um RPG minimamente interessante, sim a storyline não passava muito do “oh no some dark wizard appeared and you the hero will have to kill it!” mas era um jogo minimamente decente e ainda juntava elementos de muita coisa diferente para isto que ia ser o inicio de uma boa carreira.
Mas bem a historia ocorre no mundo fantastico de Sosaria até que o malvado mago Mondain criou a gema da imortalidade e com isso queria conquistar o mundo! ( se bem que existe um pequeno factoid aqui que nos livros diz que ele roubou a gema ao Pai mas nada do outro muno ). Então tu surges como um heroi que vem de outra dimensão usando Moongates. O teu objectivo aqui é muito simples, matar os monstros que os Reis de cada cidade dizem para tu matares depois viajares no tempo e matares o Mondain antes de ele poder obter o poder total da gema e destrui-la antes que seja tarde demais.
A coisa mais estranha neste jogo é mesmo algo que vão reparar quando forem as lojas e verem que podem comprar Flying Cards e Space Shuttles, ya não estou a gozar porque a parte final do jogo requer que vão ao espaço e derrotar 10 TIE Fighters e ainda podes encontrar um Blaster como arma e tu perguntas imenso de onde é que isto tudo veio considerando que estas num mundo de Magia e dragões.
Ultima 2: Revenge of the Enchantress
Depois da morte de Mondain porque um filho da mãe se lembrou de o fazer, a aprendiz dele Minax decidiu dar uma de Crazy Girlfriend e ir atrás do teu rabinho que chega a pontos de conquistar Sosaria e ainda ir atrás do teu rabo na Terra.
Este jogo no geral é um pouco mais estranho e possivelmente mais confuso, mesmo porque tem uma Time Travel story e é preciso fazer muita cena super especifica para poderes acabar o jogo que mesmo com um Walkthrough fica tudo difícil. Desta vez não temos flying cars mas temos na mesma o Space Shuttle mas aqui vais ter que ir roubar ao KGB. O jogo em si é um pouco confuso como se procede e até mesmo como acaba, recomendo imenso o uso de um guia para perceberem alguma coisa mas mesmo assim ainda ser mais confuso do que parece.
Ultima III: Exodus
Ultima III: Exodus Japanese Cover
Bem não contente de teres eliminado tanto Mondain como Minax, tinha de agora aparecer o suposto filho chamado Exodus que também se chateou porque um nabo foi matar os pais e decide também conquistar o mundo porque lhe apeteceu, depois deste era melhor sugerir se Mondain não tem primos ou colegas em Hogwarts para virem chatear outra vez o mundo.
Mas desta vez decidiu-se dropar as historias de time travel, Phasors e Blasters para se tornar algo como um Fantasy RPG normal. O jogo em si trazia uns livros com historia e até Spell books como trazia um mapa feito de cloth ( estou-me a esquecer o termo portuga ).
Exodus ficou popular por causa do seu character creator em que tinha imensas opções para se criar personagens e ainda se podia ter personagens de reserva caso fosse necessário usar como um thief para abrir fechaduras e por ai. Tanto que a sua variação podia ir entre os sexos como male e female mas ainda se podia usar Other ( sim já Ultima tinha Non-binary gender porque Role play I guess ), cada gender era mais por variações de stats em que males tinham mais força e females mais inteligência.
E aqui termina a primeira trilogia de Ultima games vamos passar a segunda que já é melhor em termos de storytelling e até recomendo começarem por ai.
Ultima IV: Quest of the Avatar
A segunda trilogia de Ultima começa com o que é provavelmente dos jogos mais inteligentes da série e um dos meus favoritos. É original em termos de conceito, objectivo e até mesmo pelo facto de ser uma experiência muito diferente dos RPGs na altura e até mesmo em RPGs de hoje em dia. E foi dos primeiros a ter vários Ports para consolas como Nes e Master System
Ultima IV: Quest of the Avatar passa-se muitos anos depois de Exodus em que a Magical land of Sosaria Unificou-se e ficou sobre o mandato do Lord British e passou a chamar-se Britannia. No entanto Lord British achava que era necessário criar um Campeão ou um messias para a representação de uma nova Religião a volta de 8 virtudes ( Honestidade, Compaixão, Valor, Justiça, Sacrifico, Honra, Espiritualidade e Humildade ) e tu foste o escolhido para o ser, mas para isso tens de mesmo interpretar a letra estas virtudes e ser o exemplo para todos. Basicamente o que tens de fazer neste jogo é ir a cada Shrine of Virtue, rezar e completar uma quest que te é dada por cada Shrine. Neste processo também tens de fazer um pouco de grind as tuas virtudes em que se resume a não mentir, dar dinheiro aos pobres, doar sangue e por ai. No fim de tudo tens de descer pelo Stygian abyss e recuperar o Codex of Infinite wisdom para te tornares no The Avatar, the Champion of virtue.
É um jogo diferente porque não tens que andar feito retardado atrás de um inimigo que esta tua espera num trono a rir-se de ti e depois morre feito idiota. O Reward deste jogo em si é espiritualidade e conhecimento e seres basicamente o embodiment de uma religião. É mais uma experiência do que propriamente um RPG normal. É dos melhores starting points se querem jogar Ultima e tentem jogar os ports da NES ou Master System porque a do PC pode ser assim um bocado para o aborrecida.
Ultima V: Warriors of Destiny
Ultima V é daqueles jogos que realmente te vai fazer pensar porque é provavelmente um dos melhores da série quando se trata de storytelling. Muitos jogos nesta altura raramente tentavam contar uma historia e quando o faziam era basicamente o mais barebones possivel que metia medo ao susto mas Ultima V decidiu que realmente dava para contar uma historia deep nesta altura e assim o fez.
Seguido de Ultima IV, quando tu te tornas The Avatar e vais para casa jogar no teu PC na Terra, Lord British decide sozinho que quer limpar o mal todo de Britannia e vai fechar todas as dungeons ele mesmo, mas algo correu mal e ele ficou preso no Stygian Abyss. Na ausência do Lord British fica Lord Blackthorn no seu lugar. E pronto com este nome já sabem no que vai dar, sim ele é o vilão e faz com que as virtudes que foram criadas tenham um significado diferente e serem impostas pelo governo e isso meteu na mesa algo interessante. Só que o teu verdadeiro inimigo são os Shadow Lords, criaturas criadas pelos destroços da gema da imortalidade que o Mondain tinha. Claro que o teu objectivo é livrar-te dos Shadow lords e salvar Lord British
Ultima VI: The False Prophet
Ultima VI é daqueles jogos cuja a historia é muito boa mas o engine usado para o gameplay é completamente tão merda e irritante que chega a pontos de ser unplayable sem contar que tem problemas com o audio em que faz trocas de musica de uma forma tão violenta que pode dar auditory slaps e lixar-te os ouvidos se estiveres a jogar de headset.
Anyway, Ultima VI é o último na 2º trilogia de jogos da série. De inicio tu és chamado novamente para Britannia por uma Moongate, mas reparas algo estranho porque esta Moongate é vermelha mas como tu és valentão atiras-te à mesma. Mas foi uma má ideia porque tu estas preso num altar em que não podes fugir e vais ser sacrificado, mas juntamente a tempo os teus companheiros aparecem para te salvar.
Lord British diz-te que são demónios que saíram do submundo e conquistaram os shrires of virtue, mas enquanto jogas reparas que existe algo de estranho porque estes demónios parecem estar um pouco desesperados por causa de um retardado que decidiu aparecer na terra deles e roubar o Codex of Infinite Wisdom… oh afinal és tu!. Bem o teu objectivo aqui é mais procurar alguma forma de restaurar a paz da melhor forma possivel. Se é que conseguem fazer isso com o gameplay que este jogo tem.
Mas bem minha gente, por agora é tudo, espero que tenham gostado e possivelmente possam dar uma oportunidade a estes jogos. Mas claro qualquer questão que tenham eu respondo.