Rick & Morty S1 and S2 Review

As vezes encontramos as melhores coisas quando não esperamos e realmente tive de voltar aos Western cartoons para perceber o que realmente ver outros limites de comédia e o que realmente falta a anime para perceber o que tem piada e saber como funciona essa mesma piada.

No mundo de anime existem muitos shows que fazem referencias a pop culture japonesa ou outros animes mas parecem que o fazem de uma maneira tão shallow que as vezes penso que nem eles perceberam e a audiência fica só “oh eu percebi a referencia” mas só soltando um pequeno riso que nem serve de nada, mas comigo isso já nem tinha piada porque percebia a referencia mas achava-a sempre muito out of place. Com Rick and Morty percebi que ainda se pode usar referential Comedy mas tem de ser feito de uma maneira especial e bem escrita, mas será que isto tem sempre muita piada? nem por isso, não é o holy grail da comédia mas comparado com o que vi nos últimos tempos ( com a excepção de Venture Brothers que também É MUITO BOM ) para mim tornou-se daquelas séries que consigo rever mais que uma vez e ainda achar piada as situações mas bem vamos dar-lhe nisto.

Historia

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A historia de Rick and Morty é muito simples. Passados 20 anos Rick Sanchez vai para a casa da Filha dele, Beth, em busca de um sitio para ficar. Claro que Beth, que não vê o pai há muito tempo, aceita de bom grado ter o Rick em casa. Mas bem, com isto tudo o Rick precisa de alguém para ir com ele em viagens fantásticas e ele escolhe o Morty que é um rapaz inocente, com as hormonas aos saltos e completamente frustrado sexualmente para ir com ele. Os dois ( e por vezes o resto da familia ) viajam pelo espaço desconhecido visitando planetas diferentes, dimensões diferentes e por vezes coisas muito geniais mas sempre com subtis referencias a pop culture.

A série em si é episódica mas tem sempre alguns fios de uma historia, coisas são contadas de forma subtil, com o meio de frases, algumas imagens ou até pessoas que o Rick conhece sem nós conhecermos e mencionarem algo ou temos alguns episódios que realmente contam várias coisas de forma directa e são esses os episódios mais emocionais. E sim existem episódios que são completamente random e 2 deles são uma especie de programas que acontecem em outros universos e planetas, são giros por serem um showcase de imaginação posta a trabalhar.

Cenas da vida e Space Aliens

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Rick & Morty não é nenhuma Masterpiece mas como esta esta em andamento não vou divulgar muito ou fazer review como se fosse completo. Still é uma boa série para se ir acompanhado e realmente vale a pena porque faz há muito tempo que não me ria a ver algo do que a ver isto e foi riso genuíno. E eu gosto de timetravel/multiverse stuff I guess.

 

Ultima VIII: Pagan

Já alguma vez jogaram um jogo que por mais que queiram o jogar não conseguem porque é aborrecido as fuck? Que preferiam meter a vossa pila a arder do que jogar esse jogo?

Bem é isso que Ultima VIII: Pagan sentiu durante o tempo todo porque para alem de ser um dos jogos mais incompletos a face da terra e Bug Prone é também um jogo MUITO mas MUITO aborrecido em quase todos os aspectos que mete nojo. Mas bem bora analisar isto Shall we?

Disclaimer: Para ser honesto não o acabei por causa de ser mesmo muito aborrecido, mas vi o jogo até ao final e também a historia em si ( o que interessa da mesma ) é mais contada por Lore do que propriamente por eventos do jogo.

Historia

Ultima VIII:Pagan é mais uma aventura do Avatar contra o Guardian, o Gajo vermelho que quer conquistar o universo. Depois de lhe teres estragado plano em Serpent Isle ele pega no teu cu e manda-te para um mundo que ele já conquistou, Pagan. Este mundo é sinistro e mais Dark do que os outros e tem umas leis assim um bocado mais forçadas mas não deixa de ser um mundo interessante de se explorar se lerem livros ou scrolls que andam por ai.

Basicamente o que tens de fazer é tornares-te num deus de Magia e isso implica absorver o poder dos 4 deuses ( Fogo, Agua, Ar e Terra… e após lerem isto deve ter dito “Everything was fine untill the Fire Nation Attacked”… e têm menos vida que eu se fizeram isso ), e basicamente é isso vão a cada um, apanham um item feito para os matar. Clicam no item e usam no boss e ele morre. Assim 4 vezes e viram um Deus da Magia sem fazerem a ponta de um corno.

Anyway, a historia pode ser assim tão simples mas é interessante conhecer um mundo novo que não seja Britannia é engraçado e encontram boas historias dentro do universo que vos permite conhecer este mundo conquistado pelo Guardian.

Gameplay

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Outra das coisas mais aborrecidas deste jogo, o jogo funciona neste Isometric view a La Diablo mas o problema é que nem aproveita esse tipo de gameplay, basicamente é muito restrito e como funciona em termos de mexer a personagem é tão mau que nem conseguem andar direito muitas vezes.

Ah deixa-me lembrar que este jogo tem.. Jumping controls, sim por alguma razão decidiram focar em Saltinhos que podes fazer. Sem contar que com a visão isométrica é complicado fazer bons saltos sem cair e morrer uma data de vezes fingindo que isto é Dark Souls.

Falando em Dark Souls, algo que não tem nada a ver. O inventario é mais fácil agora que tens que fazer manage de só 1 pessoa mas vai dar ao mesmo que tens uma data de merda dentro da tua mochila que nem sabias que tinhas por alguma razão. Sem contar que loot que existe por ai é muito mas mesmo muito escasso e sendo que tens andar a juntar dinheiro por onde seja, well tornas-te em Lupin e basicamente roubas toda a gente sem remorsos.

E o combate é tipo uma merda, basicamente carregas C para combat mode e fazes spam no botão esquerdo do Rato até coisas morrerem e nem consegues fazer Loot de corpos porque nada têm.

Coisas da vida e “At this very moment, Britannia Burns”

Basicamente Ultima VIII é um Donkey Ass game que basicamente devia estar a arder no inferno mas nada vos prepara para a sequela deste jogo. É que isto nem é mau de todo porque são technical issues que podiam ser resolvidos com patches para acabar as partes incompletas mas o que vem a seguir é em tudo… mas bem Ultima VIII é um jogo giro mas é pena que tudo que se trata de design seja muito mas muito mau.

 

Ultima VII: The Black Gate and Serpent Isle

Bem, cá esta mais ultima para vocês. Para ser honesto o VII tem sido das melhores experiências que tive com esta série em termos de historia/gameplay sendo dos poucos que se consegue jogar sem ser muito stiff.

Se forem jogar Ultima VII arranjem o Exult Emulator que consegue ajudar a dar uma visão melhor ao jogo com alteração de resolução e entre outras boas coisas. Anyway vamos ao que interessa e falar deste magnifico jogo que é dividido em 2 mas ambos funcionam com o mesmo Engine logo deixo a parte do gameplay para falar em ambos.

Só para avisar que esta review vai conter Spoilers para um jogo com mais de 20 anos ( 1992/1993 ). Foram avisados

Story: The Black Gate & Serpent Isle

Bem a historia de Ultima VII é a seguinte.

200 anos depois da Gargolye War, Britannia chegou a uma nova era de conhecimento em que o Avatar e as virtudes já não são necessárias e todos seguem algo chamado The Fellowship criado pelo Sage Battlin. Esta Fellowship segue basicamente o que a religião implementada pelo The Avatar seguia mas de uma forma mais prática, seguem todos as virtudes da melhor forma possivel e até conseguem ter uma base espiritual muito melhor do que na altura em que o The Avatar seguia, mas nem tudo é assim tão feliz como parece.

Tu como the Avatar estas no teu mundo quando recebes uma mensagem de alguém que se chama The Guardian, em que te diz que ele vai criar algo novo que até tu lhe vais servir mas tu vês que algo esta errado e que não bate realmente bem. E fora da tua casa vês uma Moongate vermelha e tens de a cruzar para saber o que realmente se passa.

Ao chegares a Britannia és logo introduzido a um assassinato mas de uma estranha, em que foi tudo posto de forma como se fosse um ritual, em que tem um homem cortado aos bocados mas estendido no chão com os braços e pernas abertas. Depois no mesmo tem uma Gargola espetada contra uma para com uma forquilha e a tua missão é descobrir o que se passou.

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Em termos da historia do Black Gate é realmente interessante ver da forma como um mundo inteiro mudou por causa de uma filosofia nova em que realmente tudo estava muito melhor do que antes, as pessoas têm algo que seguir que lhes obriga a praticar o bem sem estar centralizados numa só filosofia ou virtude. Mas com muita facilidade notam quem é que são os vilões e percebe-se bem o plano deles. A Fellowship esta a tentar trazer o The Guardian usando uma Black Gate, um portal interdimensional, e fazer com que ele conquiste Britannia porque sim. Tu, como the Avatar, terás de impedir isso em que vais descobrir onde eles são, como parar esse portal e destruir o mesmo, só que ao destruíres o portal vais destruir também as Moongates logo não vais conseguir voltar para casa mas tu fazes isso na mesma porque mais vale não voltar para casa do que propriamente.

Após isso começa a historia de Serpent Isle.

18 meses depois da destruição da Black Gate, Soldados que andaram a mexer com os pertences do Batlin para saber onde ele foi, encontram um Magical Scroll que contem uma mensagem do Guardian a dizer:

“Baltin! in the unlikely event that the avatar stops me comming through the black gate.
I command you to follow the unwitting female human Gwinno to the Serpent Isle.
There I shall outline my plan to destroy Britannia!”

Com isto o teu querido e amado Lord British decide chamar por ti e os teus companheiros ( Dupre, Shamino e Iolo ) para seguirem Batlin a Serpent Isle e finalmente meterem um final ao traidor.

Serpent Isle em termos de historia também é algo fantástico que para ser honesto é uma daquelas historias que sabe mesmo muito bem quando se chega ao final do jogo porque é de uma forma tão bem escrita que nem dá para fazer muitas criticas negativas ( sim tem a sua quantidade de plotholes mas é normal ). Mas bem Serpent Isle é um local muito diferente e realmente ficas logo em maus lençóis desde o inicio porque Serpent Isle é um local diferente do mundo de Britannia onde os antigos governadores de Sosaria, o Reino antes de Britannia, foram exilados para lá porque não queriam estar a ouvir uma religião única fundada por um livro que veio do espaço e só um nabo ( que és tu ) leu o livro ( se é que sequer o leu ) e mais ninguém teve acesso, logo alguns ficaram com muitas duvidas. E como tu e os teus companheiros lambem as botas ao Lord British podem ficar mesmo em muitos maus lençóis.

Mas bem a parte mais gira de Serpent Isle é que quando entram na ilha vêm armados até aos dentes com tudo o que é Magic Swords, Magic Shields, Spellbook completo, Magic Armor e até têm a Black Sword da expansão do Forge of Virtue e pensam “bem isto vai ser fácil”. Porque Deus odeia-vos infelizmente Serpent Isle esta com um problema de Teleport Storms em que basicamente tudo o que tocam é trocado por algum item qualquer ao calhas que exista no mundo, logo as tuas cenas transformam-se em pedras ou chapeus de mulher. Mas isso da-te aquela pica para andar a procura dos items perdidos já que todos os teus companheiros decidem fazer uma lista cada um do que falta.

Essas teleport storms são causadas porque o mundo esta a desfazer-se, esta a destruir-se aos poucos por causa que existem 3 serpentes que mantêm a ordem no universo e pelos vistos Exodus por alguma razão conseguiu destruir isso na altura quando ele veio a Sosaria ( Ultima III ). E tu como não tens mais nada que fazer vais tentar trazer o balanço ao mundo para que o mesmo não seja destruído. Enquanto isso tens de ir matar o gordo do Batlin e enquanto isso ele decide absorver o poder dos 3 Banes of Chaos. Algo vai mal e os Banes of Chaos entram no corpo dos teus companheiros e tu és abandonado.

É uma plotline interessante em que têm os vossos amigos possuídos por demónios, andaram a matar quase toda a gente e tu tens que andar  a caça dos teus amigos e fazer com que acordem para a vida. Depois disto Dupre sente-se tão culpado pelas mortes que fez e sacrifica-se no teu lugar para ser queimado vivo e com as cinzas dele poder restaurar o balanço do universo e essas coisas.

Depois de restaurarem o universo as 3 serpentes de agradecem e fica tudo jolly happy, só que não. O Guardian vê que tu estas ali a deriva no espaço, pega no teu rabo e acaba assim o jogo.

Para ser honesto em termos de RPG stories gostei imenso de como Ultima VII se desenvolveu, teve várias storylines engraças de até muito boas e o gameplay é decente.

Gameplay

Sendo que ambos jogos funcionam com o mesmo Engine vamos falar dele no geral.

Ultima VII em termos de gameplay é fantástico, funciona como uma espécie de top to bottom view que nem é isométrico apesar de estar lá quase.

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Mexem a personagem com o botão direito do rato para a direção onde querem, pressionam para ele andar e tentam afastar o cursor ao máximo que podem da personagem para correr. E em termos de movimentação é assim.

Combate é que pode ser a parte menos interessante sendo que basta carregarem um botão ( C ) e entram em modo combate e as personagens andam por ai de forma random a matar mobs. Existem modos de combate que podem meter nas personagens mas nunca percebi a diferença entre eles logo meti por meter e pelos vistos safei-me. O único controlo que têm é mesmo parar o combate para abrir o inventário e fazer cast de spells do Spellbook ou usar itens de lá. Há pouco controlo sobre o combate sem ser da forma como equipam as personagens porque de resto é automático.

Agora venho falar de algo que se pode tornar cansativo e a parte que causa mais stress neste jogo, it’s the inventory hell. Ultima VII infelizmente sofre deste pequeno problema que apanhas muita cena nas tuas viagens que pode chegar a pontos de não saber onde é que meteste uma chave que precisas ou onde raios anda a comida que precisas para comer, tens mochinas com sacos e sacos dentro de sacos de tanta coisa como armas, comida, equipamentos, aneis e tanta cena que tu nem próprio sabes onde raio meteste o que precisavas. Sem contar que tens de gerir as mochilas de todos os teus companheiros que vem tudo isso a volta e tu ficas cansado de tanto micromanagement que é exausto. Isto sem contar que em Serpent Isle tens muito de pegar num item e coloca-lo num altar qualquer e se perdes o item porque és burro pronto fodeu!, agora ficas todo chateado porque estiveste semanas a jogar e perdeste um item que é extremamente necessário.

inventoryMochinas, equipamento e o Spellbook.

Musica

Eu nem sei, porque honestamente a musica deste jogo é muito boa mas costuma ser muito random quando decide tocar, há momentos em que nem tens musica e fica naquela mas depois tens musica de repente do nada aparece uma musica e ficas tão contente porque parece que fizeste algo que o jogo pediu. Mesmo assim as tracks que existem são boas vou deixar aqui uma das minhas favoritas aqui.

Coisas da Vida e GUARDIAN!

Ultima VII é de facto um bom jogo, ambas as partes são fantásticas, bem escritas e filosoficamente interessantes. Existe MUITO mais em ambos os jogos que eu expliquei aqui, porque há livros para ler, as conversas que tens com as personagens que ajudam imenso a entender o que eles querem e por ai. Existe uma personalidade muito grande com o mundo e é uma experiência verdadeiramente Open World onde tens muito para explorar mas sem ser muito cansativo com zonas muito vazias ( tem algumas claro porque nem tudo tem ser vivos lá dentro )  mas com a ajuda do mapa conseguem saber onde estão e para onde se têm de guiar. É provavelmente dos melhores ultima games quando se trata de historia e gameplay juntos e das melhores experiências em RPGs que já tive. Se quiserem experimentar arranjem os jogos na GOG.com e utilizem o emulador Exult para terem uma experiência melhor sendo que podem alterar a resolução e whatnots.